“Fortalecer a comunicação sindical para enfrentar os ataques
do capital”, esse foi o tema do 6º Seminário Unificado da Imprensa Sindical e do
4º Encontro dos Jornalistas Sindicais, realizado de 31/05 a 02/06, em Salvador.
O seminário, além de promover debates e palestras sobre o
fortalecimento dos Sindicatos através da imprensa sindical, tratou da importância
desse segmento para as políticas voltadas para a classe trabalhadora e
movimentos sociais.
“Para que haja uma comunicação sindical eficiente, é
necessário que haja uma ação politica da entidade sindical também eficaz, pois
é a ação em conjunto que criará credibilidade com a categoria e um melhor
andamento nos processos de luta por melhores condições de trabalho”, afirmou
Rita Casaro, Membro do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé,
presente na mesa de abertura “Comunicação sindical – Fortalecer para o
enfrentamento aos ataques do capital”.
Outro aspecto importante levantado na mesa diz respeito ao
poder da mídia hegemônica no país ao tentar silenciar pautas e entidades que
representam os trabalhadores.
“O movimento social é atacado todos os dias pela mídia
hegemônica e assuntos importantes da pauta trabalhista, por exemplo, são
tratados de forma tendenciosas, no entanto, o que os sindicatos estão fazendo
para contrapor isso? Hoje, a mídia alternativa muito nos favorece. Ela deve ser
fortalecida e não fragmentada ”, declarou a jornalista sindical Kardé Mourão,
ex-presidenta do Sinjorba e ex-diretora da Fenarj.
Ao longo dos três dias de seminário, profissionais e
estudantes de comunicação, dirigentes e militantes sindicais de todo o país,
discutiram e trocaram experiências sobre o fortalecimento da comunicação
sindical frente aos ataques do capital e de uma política neoliberal que tenta
acabar com os direitos dos trabalhadores no país.
Em todas as mesas temáticas, houve o consenso de que a
comunicação sindical é um segmento estratégico importante no cotidiano dos
sindicatos por exercerem não só um papel de resistência frente a mídia
hegemônica, como também um papel formador, que organiza e define a luta dos
trabalhadores através da luta de classes e melhores condições de trabalho.
Por Bruno de Azevedo - Jornalista Sindical dos Bancários Itabuna